terça-feira, março 17, 2009

A essência da gestão ministerial

GESTÃO DE PESSOAS
A essência da gestão ministerial
Rodolfo Garcia MontosaPublicado em 13.02.2009
“Como o arqueiro que atira ao acaso,
assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa” Pv 26.10


Quando nos envolvemos com o ministério, muitos assuntos passam a roubar nossa agenda, atropelando nossa vontade. Durante o tempo de seminário (ou da faculdade), os que estão no ministério pastoral se enganavam, achando que seu ministério consistiria somente na pregação e no ensino. Afinal, todas as principais matérias estudadas naquele tempo convergiam para essa atividade. "O púlpito é o centro do ministério", dizem alguns. Contudo, conforme os anos passam, ao analisarem o que realmente ocupa sua agenda, percebem que o “púlpito” ocupa entre 10% a 15% de seu tempo, quando muito.

Diversos são os assuntos que devem ser enfrentados e tratados com seriedade e dedicação. As finanças brigam por um espaço privilegiado na ocupação ou preocupação dos líderes. Afinal, as contas a pagar não podem simplesmente ser ignoradas. Logo depois delas vêm os diversos assuntos de infra-estrutura, tais como prédios, equipamentos, segurança, limpeza, telefonia e internet. Há também os assuntos ligados à programação, serviços, campanhas e agenda. Preocupações em cumprir a legislação tomam assento, quer seja trabalhista, previdenciária, fiscal ou civil: assuntos pouco dominados pela maioria, mas que ninguém tem o direito de alegar ignorância. Dessa forma a lista poderia continuar muito longa, saindo dos assuntos táticos até os mais estratégicos. Mas, de tudo o que se deve focar, qual o mais importante?

Em minha opinião, a atenção mais precisa, constante e intensa deve ser sobre pessoas. Todos os assuntos anteriores são (melhor ou pior) conduzidos dependendo das pessoas que compõem a equipe.

Tudo começa pela escolha das pessoas certas para as funções necessárias. Parece óbvio, mas poucos conseguem critérios bem definidos para esta decisão. Alguns acreditam que qualquer pessoa pode aprender qualquer cargo. De certa forma, pode até ser, mas a qual custo? Quando estamos com a pessoa errada, ela até pode exercer medianamente suas responsabilidades, mas sofrerá muito para isso. Podemos ensinar um pavão subir em uma árvore? Talvez sim. Mas que tal contratarmos um esquilo? Ele foi desenhado pra isso.

Não preencha o cargo por pressão de tempo sem estar convencido. Lembre-se: despedir é mais dolorido que aguardar para contratar certo.

Passos para escolher a pessoa certa:

1) Defina claramente as competências necessárias para o desempenho da função.
2) Faça um recrutamento abrangente que permita comparar pessoas variadas e diferentes.
3) Coloque várias pessoas, entrevistando em profundidade os candidatos e compare as opiniões dos entrevistadores.
4) Gaste o tempo necessário até chegar à convicção de quem é a pessoa mais qualificada para a função.
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