quarta-feira, julho 11, 2012

“Após os cinqüenta, podemos começar a contar os primeiros anos”.

Mais um ano que se passa, alias não passou correu, será que depois dos cinqüenta posso voltar a contar de novo o primeiro ano.
Recordo do meu passado, há pouco tempo, tinha dez anos, garoto, adorava jogar bola, brincar de esconde – esconde, de salva, ir ao parquinho ao lado de minha casa, rua de terra, depois de paralelepípedo, brincar naqueles brinquedos que para época eram enormes, creio que ainda exista esse parquinho na minha eterna cidade, mas, o que gostava mesmo era de jogar futebol nos campinhos feito de improviso, em qualquer terreno baldio, perco meu pai, e a vida que segue.
Chego aos quinze anos, tempo passa começa os estudos, adorava as aulas de educação física, mas também tinha gosto por outras matérias, como português, história, geografia, inglês, francês, e outras mais, porém não tinha muita alegria com matemática, creio que poucos tem, tempo de paqueras, beijo no rosto, pegar na mão sentir o corpo da paquera, que coisa boa, pura ingenuidade, época de ouro, e a vida que segue.
Pulo para os dezoito, procuro trabalho, alias, já trabalhava, comercio da cidade, vendas, bancário, e a vida que segue, paqueras, paixões, beijo na boca, bailinhos em casa de amigos, amores vem e vão, diversões, estudo mais, faço faculdade, novos amores, novos amigos, e a vida que segue.
Vou mais adiante, filhas, que coisa boa, sinto falta, porém as amo, saudade, o tempo passa, e elas só me dão alegrias, e a vida que segue.
Passo um pouco mais a frente no meu tempo, começo a mudar de ares, novas cidades, novos caminhos, novos empregos, pessoas diferentes, aprendo a conviver, uma vida completamente diferente, e como aprendemos, novos percalços, damos a volta por cima, novos amores, uma nova espiritualidade, e a vida que segue.
Volto ao meu mundo atual, e uma pergunta surge a mente, de tudo o que vivi, qual o melhor para ser aproveitado, creio que minha resposta é essa: colhendo a semente que germinou do passado, retirando os espinhos, e plantando novamente o que de melhor quero colher no meu futuro, e a vida que segue.
A propósito, existe uma propaganda de uma bebida alcoólica diz que 51 é uma boa idéia, eu completo ter 51 anos é uma ótima idéia, é um tempo maravilhoso, é um novo recomeço, um novo tempo de colher felicidade, e a vida que segue.

Antonio Almeida